Acabado de regressar de um seminário sobre Jesuítas—Missionários e Educadores, na Faculdade de Letras (28 Março), algumas reflexões.
Apresentei uma comunicação sobre aspectos estruturais da
Assistência Portuguesa. Por aspectos estruturais, quero dizer sobretudo a peculiaríssima situação geográfica em que operava a Assistência Portuguesa e questões relacionadas com o pessoal.
No fundo – e para resumir ao mínimo essencial – na minha
argumentação tentei mostrar duas coisas: 1. Que a Assistência Portuguesa, por
ser, de longe, a Assistência jesuíta com a responsabilidade sobre a maior área geográfica, e , ao mesmo tempo, aquela que dispunha de menos efectivos (havia muito menos jesuítas portugueses do que espanhóis, italianos, franceses ou da "Germania"); 2. Que esta grande desproporção introduziu uma tremenda tensão no seio da Assistência Lusitana, que condicionou muitos aspectos das iniciativas dos jesuítas em Portugal. Ou seja: mostrei que não têm muito sentido as comparações fáceis e esquemáticas que muitas vezes se encontram na literatura, pos a situação jesuíta portuguesa era marcadamente diferente da de todas as outras Assistências.
Tudo isso torna o "empreendimento jesuíta" em Portugal ainda mais notável. Como aspecto tangencial da minha apresentação, mostrei
alguns dos números da reforma pombalina. Os números não são desconhecidos dos
especialistas, mas são totalmente desconhecidos do público em geral.
Entre ??? e ??? a universidade de Coimbra. Depois veio Pombal. A Universidade
passou para um número médio de ???. Taveira da Fonseca, o especialista a quem
devemos estas estatísticas, comentou a impressionante redução de alunos dizendo que, em 1772, a população universitária de Coimbra passou para números
abaixo dos do século XVI. A observação é correcta, mas podia ganhar o grande prémio do understatement. Com Pombal, os números absolutos
de alunos em Coimbra passaram